segunda-feira, 6 de abril de 2015

Logística e inteligência são imprescindíveis para auxiliar o enfrentamento da dependência química em famílias de baixa renda

Logística e inteligência são imprescindíveis para auxiliar o enfrentamento da dependência química em famílias de baixa renda

Dentro do contexto das famílias de baixa renda, a dependência química deve ser enfrentada por meio de um conjunto de ferramentas que, muitas vezes, não se fazem necessárias quando o problema atinge famílias de classe média/alta.

Publicado por Maria da Conceição Damasceno Cinti - 5 meses atrás
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Logstica e inteligncia so imprescindveis para auxiliar o enfrentamento da dependncia qumica em famlias de baixa renda
Em meus textos anteriores sobre dependência química, ressalto a importância de se pensar em alternativas para a recuperação de dependentes, sobretudo os que não têm condições de bancar um tratamento adequado. Por esse motivo, dedico esse texto à discussão sobre possíveis soluções para essa parcela da população que não dispõe de recursos financeiros para enfrentar o problema.
Dentro do contexto das famílias de baixa renda, a dependência química deve ser enfrentada por meio de um conjunto de ferramentas que, muitas vezes, não se fazem necessárias quando o problema atinge famílias de classe média/alta. Uma delas é a utilização da inteligência e da logística com a finalidade de concentrar estrategicamente todos os recursos humanos, judiciários e demais áreas correlatas em um só local, de forma que facilite não só o acesso rápido, mas entregue uma solução eficiente que evite, de fato, a morte precoce de tantos jovens de baixa renda.
Quando falo em logística e inteligência, verso sobre a possibilidade de concentrar, num mesmo espaço físico, todos os serviços de assistência necessários para a devida recuperação do dependente (acolhimento, internamento e tratamento), de forma a otimizar o tempo e facilitar o início dos programas de restauração. Esses espaços, por sua vez, também devem estar acessíveis a famílias de diversas regiões de uma cidade, isto é, distribuídos em cada zona (Centro, Leste, Oeste e Sul) e localizados próximos a metrôs, trens e ônibus.
A união dessas estratégias evitará que essa famílias carentes fiquem à deriva, num desgaste desnecessário, impiedoso e prejudicial para o enfermo. Além disso, esse planejamento contribuirá para a garantia de direitos básicos aos que enfrentam a dependência química, como o direito à saúde pública de qualidade, e agilizará os procedimentos que visam socorrer a essas famílias com filhos vitimados pelas drogas que necessitam de internação.
Maria da Conceição Damasceno Cinti
Advogada e educadora. Precursora da Educação Restaurativa, com experiência de mais de três décadas em tratamento de dependentes de substâncias psicoativas e em delinquência juvenil. Palestrante e autora do blog http://educacaorestaurativa.blogspot.com.br/

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