*Conceição
Cinti
No Brasil
a irresponsabilidade dos dirigentes públicos tem sido a responsável pelas
tragédias do país.
Há décadas
o país é palco dos desmandos por parte dos políticos de todos os matizes, muito
embora a direita nacional insista em atribuir as mazelas aos partidos de
esquerda.
Já existe
no país um amadurecimento capaz de fazer com que todos entendam que não há
milagres para alcançarmos o tão sonhado desenvolvimento econômico social e
humanístico aceitável.
A mídia
também sabe disso, mesmo assim por vantagens escusas corrobora com programas
que sabe ser ilusório e de desperdício dos recursos públicos, e que banaliza
instituições serias como é o caso do exército brasileiro.
A
intervenção nacional no Rio de Janeiro preocupa e já sinaliza que foi mais um
equívoco, semelhante as UPPs.
Num país
com nossas dimensões e complexidades é imprescindível um planejamento para o
enfrentamento das demandas que a nação espera e necessita.
Todavia,
percebe se que por aqui tudo é feito aleatoriamente e, como ninguém responde
pelos desacertos, o Governo decide sempre buscando uma vantagem política
imediata, mesmo em detrimento da vida das pessoas.
Desta vez
o Governo jogou a bomba nas mãos do Exército. Transferiu o problema e nem
reservou dinheiro suficiente para tamanha responsabilidade. E o mais grave, não
é função do Exército o Poder de Polícia.
Os
Governantes brasileiros adoram demonstração de força (verdadeiros shows
pirotécnicos que iludem o mais incauto), mas na prática continua tudo igual e,
ainda com custo aos cofres públicos.
As forças
armadas brasileiras são instituições respeitadas e competentes, não para tarefa
de polícias.
É
conhecimento elementar saber que apenas o poder de polícia é incapaz de
restaurar a harmonia social quando problemas estruturais antigos de educação,
saúde, segurança pública, moradia e desemprego estão na base do conflito. É uma
temeridade não só para as comunidades, mas também para a própria corporação.
Salvo
melhor juízo investir na capacitação das polícias e aumentar seu contingente
(dá dignidade aos militares sem fazer acepção entre as policias) seria o
adequado, embora esse processo careça de mais tempo para surtir seus reais
efeitos.
Está na hora
de deixar de “dourar a pílula” de enganar o povo simples e de começar a
reconstruir o Brasil.
Está na
hora da mídia brasileira ter um gesto de ousadia, de brasilidade, de dignidade
e, não permitir mais engodos com o povo brasileiro.
A mídia
pode. Só a mídia pode ajudar a desmistificar alguns erros que vem sendo
cometidos através das décadas em prejuízo do povo. A mídia pode acelerar a
reconstrução do Brasil.
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