Há alguns temas/fatos que pela
sua relevância social nacional precisam está incluído na agenda de cada
candidato a vereador que concorrerá no próximo pleito eleitoral no Brasil,
como, por exemplo: A educação de qualidade, em regime integral, e a situação do
menor em confronto com a Lei (essa última precisa ser encarada com a
coragem e da forma adequada, (o que nunca antes foi feito) através de educação
especial, como já vem sendo atendidas outras categorias de crianças e
adolescentes já contempladas pela nossa legislação. E é obvio que para
solucionar a questão da Educação em geral, e da Educação Especial, dois
assuntos de vital importância e urgência para o Pais, não há como resolvê-los
sem cumprir todos os direitos e a dignidade que é devida aos mestres, hoje, tão
humilhados.
Ao todo no Brasil temos 5.561
municípios. É uma verdadeira cocha de retalhos maiores, médios e pequenos.
Portanto, no Brasil concorrerão ao cargo de vereador mais de 60.521 candidatos.
Caro leitor, procure saber quantos vereadores à lei prever para sua cidade. O
meu saudoso esposo, Sidney Cinti definiu o vereador como sendo: “a pessoa mais
próxima, e no mesmo nível de poder do Prefeito, cujo objetivo ao ser eleito, é
ver a dor do povo, e levar suas demandas para serem solucionadas pelo
executivo”. Ou seja: a primeira lupa sobre os problemas prioritários das massas
carentes deve ser, e sem dúvidas são, os olhos de um vereador atento e
compromissado.
Há muitos anos eu não tinha
essa visão e nem muita noção da importância das eleições para prefeito e
vereador. Mas asseguro que este tema deve preocupar a todos: Pobres e ricos.
Por que I? E por que II?
Por que I?
O Prefeito quantitativamente
representa mais os pobres e miseráveis (maioria dos votos vêm das massas
pobres), mas na pratica, não é a esta categoria de pessoas que dedica a maior
parte do que é arrecadado nos municípios com os impostos e taxas, além das
verbas das mesmas fontes, que lhe são repassadas pelo Estado e a União.
Por que II?
Porque é através do dinheiro
arrecadado dos impostos e taxas que o Administrador Público vai poder melhorar
a qualidade de vida dos munícipes em geral. É verdade, que ao se tornar
Prefeito de uma cidade, esse cidadão (ã) passa a responder pela gestão dos
Recursos Públicos para melhoria de vida de ricos e pobres. Também é vero,
que as pessoas ricas independem do dinheiro público para ter qualidade de vida.
Não precisam das creches e escolas públicas, nem da saúde pública, nem das
casas populares, transportes públicos, cursos profissionalizantes gratuitos,
praticas esportivas e entretenimento para suas crianças, adolescentes e seus
jovens, etc. luz, esgoto e água tratado, guia de sarjeta e asfalto. Já os
pobres para adquirirem tais prioridades ficam totalmente a mercê do executivo,
sua única fonte de provisão. Em geral as pessoas abastadas têm todos estes
recursos às próprias custas, mas necessitam sim, de algo muito precioso, mas
que ainda não se deram conta: Precisam de Paz e Segurança, para poderem
desfrutar seus bens. Contudo, com raríssima exceção, são os ricos e os
detentores do Poder, muito gananciosos e egoístas (Vide Lava-Jato e Políticos
de todos os matizes envolvidos). Apesar, de tão antigo quanto óbvio, pobres e
ricos dependem um do outro. Desde que o mundo é mundo, e é salutar que
continuem, mas com civilidade e justiça social. O Capital e a Força do Trabalho
não fossem a ganância desmedida, dos mais ricos, não necessariamente, deveria
ser antagônicos entre si. O equilíbrio entre eles é imperioso para a
consciência da formação de uma sociedade mais sadia humanista e justa
imprescindível para a paz entre os povos. O problema reside mesmo na ganância e
no egoísmo. O povo pobre precisa ser priorizado em suas necessidades básicas e
de dignidade. Salta aos olhos que inverter essa ordem é a origem do efeito
“Bumerangue” que vitima com violência e morte a todos.
*Conceição Cinti. Advogada e
Educadora. Especialista em dependência de Substancias Psicoativas e
Delinquência Juvenil. Com experiência de mais de três décadas.
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