*Conceição Cinti
Essa
é a manchete de hoje, no conceituado Jornal “O Estado de São Paulo”, para dar
destaque à continuidade do Programa do Governo Estadual sobre o encaminhamento das
pessoas de baixa renda, dependentes em Substâncias Psicoativas (SPA)
principalmente, em crack, que vivem na região central da capital.
Um
assunto muito complexo, muito polêmico, mas que precisa de uma solução.
Salvo
qualquer engano, mas ressaltando a importância e a necessidade do zelo das
entidades em defesa dos direitos humanos, em especial, da “Pastoral do Povo de
Rua”, coordenada pelo Padre Júlio Lancellotti, no presente caso, a fiscalização
continuada, “sem arredar pé”, me parece ser o instrumento poderosíssimo que irá garantir os
direitos fundamentais das pessoas e impedir que desmandos sejam mais uma vez cometidos
contra esses enfermos pelo crack.
A
fiscalização rigorosa pelas entidades, do encaminhamento dessas pessoas a
locais adequados para tratamento é imprescindível (apesar do acompanhamento do
Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB) para evitar qualquer
possível manobra para apenas faxinar às
ruas para implantação da revitalização do Centro de São Paulo, tão sonhada e
perseguida por muitos governos e até hoje não alcançada.
A preocupação das entidades é pertinente
porque sempre houve por parte dos governantes uma equivocada inversão de
valores para atingir seus objetivos nessa área. É hora de priorizar a vida
dessas pessoas vitimadas pelo crack, dando-lhes um encaminhamento apropriado e
definitivo para que
possam alcançar não apenas a restauração de suas vidas, mas alcançar a restauração
com dignidade.
Nós
especialistas na área sabemos que a dependência pelo crack é uma das mais
severas e a compulsão pela droga leva o dependente a um circulo vicioso do qual
ele não conseguirá sair por suas próprias forças, porque sua vontade fica
integralmente comprometida com a próxima cachimbada e nesse ritmo prossegue até
esvair todas as suas energias.
Estou
falando de dependentes do crack e não usuários esporádicos que tiveram a sorte
de não adquirir a dependência apesar de essa substância ser muito traiçoeira, onde
centenas de jovens que desejam apenas experimentar não consegue mais sair sem
ajuda externa.
Aliás,
a preocupação das entidades citadas é indispensável porque é preciso de fato
saber onde o Governo vai abrigar esse contingente das ruas, se sabemos que é
precaríssimo o atendimento pelo Sistema Único de Saude (SUS) isso sem falarmos
na grande demanda de doentes mentais que também precisam de um leito e agora
precisamos também acolher e tratar a grande demanda advinda das ruas.
Fiscalizar é prevenir que
desmandos sejam cometidos mais uma vez a esses míseros enfermos pelo crack. É
dever não apenas das mencionadas entidades, mas de cada brasileiro que sabe da
importância de vivermos numa sociedade sadia.
E o Poder
Público tem por obrigação assegurar toda estrutura necessária para propiciar o acolhimento e tratamento adequado
para que o dependente venha adquirir autocontrole e liberdade para se libertar
do vício que o aprisiona e o coloca à margem da sociedade.
*Conceição
Cinti. Advogada e educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes em
Substâncias Psicoativa. Pesquisadora e colunista do www.institutoavantebrsil.com.br
e outros demais renomados sites.
*Conceição
Cinti. Advogada e educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes em
Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de três décadas. Pesquisadora
e Colunista do www.institutoavantebrasil.com.br e demais renomados sites.
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