sábado, 17 de março de 2012

O FORTALECIMENTO DA FAMÍLIA SE IMPÕE AO CAOS!

O fortalecimento da Família se impõe ao Caos! 


Fonte da foto: Internet


*Conceição Cinti
 
A família que outrora fora a coluna mestra da sociedade, hoje combalida não tem condições de se impor e nem proteger a si mesma. 
 
O poder da mídia eletrônica, veiculadora de campanhas publicitárias cujo único objetivo é instigar o consumo através da venda de seus produtos anulou a influência da família na gestão da sua prole. A desestruturação da família vem ocorrendo lenta e gradualmente, por etapa, mas não por acaso.
 
Deliberadamente a mídia ostensiva ou sorrateiramente cria toda uma ambiência de glamour para viabilizar e dar ampla e irrestrita visibilidade aos mais variados, supérfluos e vultosos produtos. Sem se importar com a incapacidade de aquisição das classes menos favorecida economicamente. 
Nessa guerra insana a influência da mídia alcança dimensões imensuráveis, e os publicitários não medem consequência para atingir suas metas comerciais e para isso desprezam princípios éticos, morais, provocando desordem social, principalmente no seguimento infantojuvenil. 
 
Os mais jovens são os alvos preferidos das campanhas publicitárias, que acabam influenciando na formação de novos conceitos, e novas formas de encarar a vida nos mais variados aspectos. Nossos publicitários são inteligentes, sagazes e divertidos e com esses atributos fáceis atingem seus objetivos, exatamente, desestruturar a juventude, liberando-a da influência dos pais, divorciando-a dos ensinamentos da escola e até provocando a evasão escolar e, gerando um interesse desmedido por pseudo ídolos da música, da televisão, estes justamente os agentes da mídia. 
 
Essa desestruturação tem um propósito definido e vil: vender, tão somente vender e para isso usam um apelo irresistível: estimular no jovem a falsa sensação desmedida do poder, que transforma os jovens em consumistas desenfreados de produtos, dos quais não precisam necessariamente, como as bebidas alcoólicas (e, aí, se destaca a cerveja com seu irresistível apelo sexual), o cigarro, as drogas, material eletrônico, roupas e tênis de marca, etc.
 
Além de consumistas, os jovens, ultras influenciados, acabam copiando, também, o comportamento, nem sempre recomendados, dos ídolos usados nas campanhas publicitárias. A massificação sistemática do assédio midiático sobre os jovens é uma causa importante que tem levado ao desajuste familiar, falhas na formação do caráter, visão distorcida de valores, das relações interpessoais, fatores que vão desaguar, mais tarde, invariavelmente, no vasto oceano da infidelidade conjugal, traição e consequente separação e que contribui grandemente para acelerar a estatística criminal. Começando pelo furto, roubo, assalto, delitos praticados pela moçada enlouquecida em adquirir para si os bens de consumo aos quais não terão acesso se não for através da perda da vida e do patrimônio do próximo! Horror! 
 
A família é fragilizada nada lidera e quando tenta reagir, o faz de maneira tímida, isolada, dominada, pelo bombardeio massificante da publicidade. Pais e familiares, ou seja, os mais velhos são denominados “caretas” adjetivo pejorativo também estendido aos professores, líderes eclesiásticos, formadores de opinião, que optam pelos ensinamentos da ética e da moral. 
 
A mesma influência maléfica da mídia muito tem contribuído, no esfacelamento do casamento ou união sólida, célula primeira da família, processo que se dá influência negativa de ídolos e celebridades, que apregoam uma falsa liberdade comportamental como sendo um processo salutar muito difundido inclusive pelas famosas novelas. 
 
Sem um lar forte, organizado, o jovem, sob a guarda de apenas um dos pais, geralmente a mãe, de certa forma abalada pela separação, fica mais suscetível de sofrer influência, seja de amigos, dos formadores de opinião ou de todos esses agentes. O percentual de famílias brasileiras chefiadas por mulheres entre 2001 e 2009 subiu de aproximadamente 27% a 35%. Em termos absolutos, são quase 22 milhões de famílias que identificam como principal responsável alguém do sexo feminino. Em 2012 um número bem maior. A investigação das causas desse fenômeno está no Comunicado do IPEA nº. 65: PNAD 2009 - Primeiras Análises: Investigando a chefia feminina de Família. 

A escola, na condição de formadora de opinião, ao que tudo indica, ainda é a única e última resistência, que tenta se firmar nessa luta desigual em todos os sentidos. No momento trava uma luta penosa por um salário digno, mas sobrevive sempre com salários muito a quem das suas necessidades básicas e educacionais. (sem condições de adquirir livros necessários para se manterem atualizados, impedidos financeiramente de participar de congressos, fazer cursos de extensão, ou uma pós-graduação e muito mais precisa). 

Pasmem! Até as religiões, para escapar de um confronto desleal entre o conservadorismo e o modernismo, cedeu espaço e, mais recentemente, retiraram-se da zona de combate. Hoje, cada uma defendendo seu feudo divino esqueceu-se de proteger a família, quem pode definir e fortalecer os caminhos a serem seguidos pela nossa juventude. 
 
 *Conceição Cinti. Advogada. Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais 27 anos 



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