sábado, 21 de janeiro de 2012

ÓRFÃS DE PAIS VIVOS: AS MENINAS ABANDONADAS!

Fonte da foto: Internet


Órfãs de Pais Vivos: As Meninas Abandonada do Brasil se Prostituem para se drogar!


 *Conceição Cinti

Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Psiquiatria expõe uma das mais tristes realidades do Brasil. Chega a um milhão o número de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos que apresentam sintomas de dependência química. Geralmente essas crianças vêm de lares desestruturados, desistem precocemente da escola, geralmente abandonam a família por maus tratos ou pela indiferença dos pais.

Da mesma forma como acontece com os meninos, as meninas começam no mundo das Drogas cheirando cola de sapateiro, ingerindo bebidas alcoólicas, passando a usar maconha esse só é o começo do calvário dessas crianças. São facilmente seduzidas por traficantes a servi-los, como “mula” no furto, no roubo.

Rapidamente caem na prostituição. E para atender às imposições da dependência química que as dominam vendem seus corpos para conseguirem algum dinheiro para a compra de drogas ou aceitam fazer programas em troca de uma “pedrinha” de crack no valor de R$ 5,00. Algumas tornam se amantes de traficantes. Vitimas dessa terrível trajetória precocemente encontram a morte

Nas regiões mais pobres do país sempre houve maior exploração da prostituição infantil e segundo a UNICEF, em dados recentes, de 2010, cerca de 250 mil crianças estão se prostituindo no Brasil. O mais chocante é que grande parte da tragédia das meninas acontecem com o apoio ou no mínimo omissão dos pais. Aqui em São Paulo também tem.

As nossas maninhas estão expostas à mesma violência desmedida que enfrentam as nossas mulheres, devido ao modelo sociocultural machista que ainda impera no Brasil. Drogas e prostituição têm trazido danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral de nossas meninas. Outras conseqüências penosas, por exemplo, é gravidez precoce de alto risco, o distúrbio de comportamento, condutas anti-sociais e infecções por doenças sexualmente transmissíveis. Além da pobreza, os desenvolvimentos de vícios por drogas conduzem essas crianças a uma situação lastimável e de extrema necessidade de cuidados especiais Precisamos urgentemente exigir do Poder Público políticas públicas capazes de evitar essa  barbárie imposta as nossas meninas abandonadas. Órfãs de pai e mãe e do Estado! 
Pensar na reconstrução de uma sociedade menos violenta e mais justa implica num comprometimento ético de priorizar as crianças e adolescentes, e isso inclui não apenas oportunidades socioeducativas, (Educação Restaurativa) mas também um cuidado especial com a saúde física, emocional e mental das nossas crianças e jovens! . Vamos junto Brasil!

*Conceição Cinti - Advogada. Educadora. Especialista em dependentes de substâncias psicoativas. Com experiência de mais de 27 anos no tratamento de dependentes. 

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