quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VOCAÇÃO, AMOR, ACOLHIMENTO, E TRATAMENTO! NÃO SERIA A SOLUÇÃO?

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Vocação, Amor, Acolhimento e Tratamento! Não seria a solução?

*Conceição Cinti    
                                             
A luta contra as drogas é um dever de todos os cidadãos, porém a severa discriminação imposta ao menor pela Sociedade Civil, só terá fim com intervenções planejadas do estado, demonstrando que a melhor saída ainda é a sensibilização através da mídia, gerando na população um espírito de solidariedade nacional. Mostrando os benefícios que por certo advirá, quando a postura destrutiva da descriminação e do uso desnecessários da repressão com essas pessoas visivelmente enfermas, se sobpor a postura humilde que verdadeiramente promove a Recuperação e a Reinserção, que outra não é senão o ACOLHIMENTO. 
Repito mais uma vez: A mídia brasileira está de parabéns como poderoso instrumento democrático esta cumprindo seu papel e concretamente abriu espaço na sociedade para que o Governo assuma sua parte!
É com amor e acolhimento que devemos proteger e tratar nossas crianças e jovens e a artilharia pesada devem ser empregadas para o devido enfrentamento ao tráfico. Há duas frentes nessa guerra: enfermos a serem assistidos e tratados e criminosos que precisam ser contidos e presos.
As mudanças culturais e sociais se processam muito lentamente, enquanto isso os direitos e a vida das nossas crianças e jovens precisam ser urgentemente protegidos. O Estado detém dentre outros um valioso instrumento que nos permitirá transpor esse fosso com mais rapidez como exige a situação: A negociação! É o instrumento apropriado.
Aumentar o percentual da redução da carga tributária aos cooperadores dos programas sociais pró-crianças e adolescentes. As tentativas governamentais através de programas preventivos e curativos continuam, porém os índices de recuperação alcançados e as barbáries praticadas contra o menor por si só demonstram que a metodologia adotada pelo Poder Público tem-se mostrado ineficaz. É preciso rever urgentemente, não somente o conteúdo dos programas aplicados aos menores, mas principalmente o material humano contratado para executar os referidos programas.
O Estado vem insistindo num padrão de recuperação, onde privilegia apenas o saber técnico - cientifico, em detrimento do amor e valores espirituais, que cada dia mais é reconhecido como uma ferramenta poderosa na cura dos males da alma que é compreendida, como mente e sentimentos. É mais fácil punir que tratar, pois a luta pela recuperação do infantojuvenil exige vocação, amor ao próximo, traduzido através da paciência e compaixão (compaixão aqui entendida com capacidade para ver, ouvir e sentir o outro, se colocar no lugar do outro, para só então agir adequadamente).
Acredito que essa forma de amar o ser humano incondicionalmente somado a indispensável disciplina seja a uma das soluções mais adequada para restaurar o ser humano.
Reconhecemos o valor e a necessidade de uma equipe multidisciplinar para atuar na complexidade do ser humano, principalmente, o dependente de substâncias psicoativas, mas além de bons currículos esses profissionais precisam demonstrar na prática vocação para cuidar de pessoas, amarem pessoas incondicionalmente, e não apenas através de bons currículos alcançarem a empregabilidade.
Esse tipo de profissional não somente onera o Estado, como também inviabiliza e compromete o esforço do Poder público na luta para levar a cura e resguardar os direitos e garantir a cidadania das crianças e dos adolescentes. Precisamos repensar sobre a contratação do profissional que está sendo admitido para trabalhar com nossas crianças e Jovens!

*Conceição Cinti - Advogada. Educadora. Especialista em dependentes de substâncias psicoativas. Com experiência de mais de 27 anos no tratamento de dependentes. 


Um comentário:

  1. Cara Professora, concordo em parte com seus argumentos. Primeiro - A droga mais consumida no país é o álcool e a mídia reproduz seu consumo diáriamente como "aceitável". Segundo, dependente químico tem que ter tratado como doente, por médicos, psicólogos e especialistas na área e não com pastores como "tratamento" principal, pois a legislação do SUS é bem clara com o que é verdadeiramente tratamento. Terceiro, a própria mídia é responsável pela demonização do dependente, esquece dos problemas sociais que o atingem e o colocam numa situação de marginal. Quarto - O governo Dilma quer dar dinheiro para as comunidades terapeuticas e esquece do principal, fortalecer o Sistema SUS através dos CAPS-AD. Sinceramente Dra. , as drogas no mundo sempre existiram, o problema é que as pessoas acham-se capazes de resolver o problema demonizando o assunto, quando o verdadeiro sentido da causa está na educação, o que este país, infelizmente não investe a longo prazo.

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