Brasil vive epidemia pelo crack?
Quem ainda tem dúvida que o Brasil vive uma epidemia pelo Crack? Lamentavelmente, nossas crianças e adolescentes (principalmente, os pobres) são as maiores vitimas dessa tragédia. O Brasil ainda não apresentou um relatório oficial do número de dependentes em todo país. As estatísticas e pronunciamentos divulgados na mídia demonstram que ainda não há consenso da gravidade da situação do pais, nem entre a cúpula do Governo Federal. Todos os números e informações mais concretas que dispomos são defasadas em pelo menos um ano. Um ano sem assistência e tratamento adequado nessa área já é o suficiente para um dano grave na saúde, principalmente da criança e dos adolescentes.
Em 2008 uma pesquisa encomendada pela a Sociedade Brasileira de Psiquiatria já revelava a triste realidade de um milhão de crianças, entre 6 e 17 anos que apresentavam sintomas de dependência química. Também em 2008, o Professor e Doutor Jairo Werner Júnior da Faculdade de Educação da UERJ, especialista em uso de drogas por crianças e adolescentes, já advertia para a gravidade do aumento do uso de crack por crianças no Rio de Janeiro. Naquela ocasião o especialista Jairo Werner informou ainda, que fora realizada uma pesquisa (por amostragem) pelo Ministério Público com menores de 8 a 14 anos de idade, que confirmou indícios de uso de cocaína por todos os examinados. Cada minuto sem providências adequadas agrava a situação do usuário infanto juvenil.
De 2008 a 2011, não se tem notícias da implementação por parte do Poder Público, de políticas públicas, inovadoras e eficazes.
O Governo Federal vem atuando com muita timidez, e quem já tem mais familiaridade como o tema, e trabalha com seriedade nas áreas de prevenção, e restauração de pessoas sabe que se falarmos em milhares de dependentes, não estaremos sendo alarmista ou mentiroso! Precisamos agir com mais rapidez. No mundo do Crack tudo ocorre com extrema velocidade.
O Professor e Doutor Werner lembra que o Crack é uma droga extremamente viciante e com um grau de letalidade altíssimo. Nas crianças usuárias, o crack provoca danos ainda mais devastadores, pois uma dose usada por um adulto é grande para uma criança, devido ao peso menor, o que aumenta muito o risco de uma overdose. A isso soma-se o fato de que as crianças estão em uma fase delicada de formação psicológica, portanto os distúrbios desta ordem são muito mais comuns, mais intensos e mais difíceis de serem revertidos. O Brasil nunca precisou tanto da sua solidariedade! Participe se engaje nessa luta que é de todos nós!
*Conceição Cinti - Advogada. Educadora. Especialista em Dependência de Crack e demais substâncias psicoativas. Com 27 anos de experiência no trabalho com dependentes.
- Nos honre com o seu comentário -
Nenhum comentário:
Postar um comentário