terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO DE MENORES (PARTE I I I )

Fonte da foto: Internet
Ressocialização e Inclusão de menores
Parte III
*Conceição Cinti

O abismo socioeconômico que divide as classes sociais, muito tem contribuído para aumentar a violência, a ruptura da família que se esfacela cada dia mais empurra crianças e adolescente para as ruas precocemente. O enfraquecimento da família e da escola que outrora atuavam conjuntamente para manter o respeito, a ordem e a paz, e se constituía numa importante parceria na gestão do destino do infanto-juvenil, naufragou dentre outras causas, pelo baixo nível educacional e o desprestígio dos professores e suas péssimas condições de trabalho e salários.As condições de moradias oferecidas pelo Poder Público, verdadeiros guetos apartados e longe do acesso a tudo. A tortura em que se constituiu a locomoção dos pobres cada vez mais sem opção de transportes descentes. A falta de priorização da inclusão em programas profissionalizantes e digitais, que dêem prioridade de emprego a essa parcela da população, conjuntos habitacionais sem estrutura para a prática de esportes, arte, cultura, entretenimento dessas classes sociais deixando em nossos jovens uma sensação de impotência e desesperança que se infiltra na mente, no coração. Isso tudo, somado ao preconceito e à indiferença tem causado graves feridas emocionais que fazem toda diferença, principalmente no comportamento dos adolescentes, que são seres ainda em fase de desenvolvimento de suas competências.
Com o alastramento das drogas em todo o país, ficou ainda mais difícil a já complicada situação do menor pobre, que abandonado, a mercê da sorte, se ressente e amargura e nessa carência afetiva encontra no peito do traficante o ilusório acolhimento que não teve do pai, da família, da escola e do Poder Público.
Excluído, torna-se ávido por pertencer a um grupo, onde imagina ser respeitado e admirado, momento em que passa a ser uma presa fácil para os profissionais do crime e, sem perceber começa sua breve caminhada para a morte.
Segundo o Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes (IPC-LFG), o Brasil conseguiu reverter às mortes de recém-nascidos e prolongar a vida até a primeira infância, graças a alguns programas, conduzida assertivamente pelo terceiro setor. Em especial, quero destacar o relevante trabalho da Pastoral da Terra, oportunidade em que não poderíamos deixar de fazer uma menção honrosa à saudosa e amada Zilda Arns.
Tanto esforço empreendido para garantir a vida na primeira infância e no momento seguinte, perder para a violencia das drogas e do crime organizado. É o que demonstram estudos sobre a situação da Adolescencia Brasileira de 2011 realizado pelo IBGE, que revelou que a taxa de adolescentes de 15 a 29 anos assassinados, a cada 100 mil habitantes, em 2009 foi de 43,2, o que representou a morte de 19 adolescentes por dia. Inaceitável!
Que no Brasil as meninas são as maiores vitimas dos crimes sexuais, representando 80% das vítimas de exploração sexual, 74% das vitimas de tráfico de crianças e adolescentes, 79% das vítimas de abuso sexual e 73% vítimas de pornografia, de acordo com os índices da Secretaria dos Direitos Humanos/Disque Denúncia. Pelas estatísticas comprova-se a alta vunerabilidade das crianças e adolescentes em várias modalidades de delitos.
Você entendeu o tem sido feito na prática por nossas crianças e adolescentes pobres? Diante da gravidade das estatísticas do qual são vítimas nossas crianças e adolescentes você saberia explicar no que se constitui a Ressocialização e a Inclusão de um menor infrator no Brasil? Se informe! Participe! Uma sociedade organizada e informada promeve mais fácil as mudanças que anseia! Juntos teremos mais força para diminuir a violência contra nossas crianças e adolescentes! Engaje-se em uma campamha pela preservação da vida das crianças e adolescentes! 
Verifique se na sua cidade tem algum movimento e Participe!
*Conceição Cinti - Advogada. Educadora. Especialista em dependentes de substâncias psicoativas. Com experiência de mais de 27 anos no tratamento de dependentes

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